Bishops’ letter about the Lambeth Conference in 2020

[Source: Bishop Rob Wickham, Bishop for ALMA. July 2019]

From Bishop Rob Wickham Bishop for ALMA:

“Many of the Bishops of the Anglican Communion are looking forward to the Lambeth Conference in 2020. This will be a unique opportunity to pray and learn together. As part of this commitment, Bishop Manuel Ernesto, the Bishop of Nampula, has signed a letter as a demonstration of this commitment to journeying together, which we attach here. Please keep all the Bishops in the Anglican Communion in your prayers.”

(We give the text of the letter in English and Portuguese:)

Feast of the Ascension 2019

Dear Brothers and Sisters,

Greetings in our crucified and risen Lord Jesus Christ. We believe that it is the ‘acceptable time’ to articulate a vision of what we hope for in the Lambeth Conference 2020. While all are free to offer their views, harsh disagreement ought not to be the dominant note the world hears from us. This multi-lingual letter lifts high those things held largely in common in order to build up and encourage. We claim no special authority, and thus speak to our fellow bishops as their brothers and sisters.

We hope for a Lambeth Conference built on common faith

Though our provincial Books of Common Prayer show many variations, they all witness to the creedal center of our faith: the triune God, the divinity of Christ, His atoning death for the forgiveness of our sins, His bodily resurrection and ascension, and the Holy Spirit’s work in the Scriptures and the Church’s life. There is agreement, furthermore, in most of the Communion about the received, traditional teaching concerning the nature of marriage, which is in accord with Scripture. It found expression at Lambeth 1998 in Resolution I.10. Finally, we Anglicans share a common history, for example the See of Canterbury itself, which is a symbol of our apostolic roots and common life. We hope for a Lambeth Conference where we take this common inheritance of truth seriously and seek to build upon it for the sake of witness and teaching.

We hope for a Lambeth Conference marked by charity

At Lambeth, though a fractious family, we ought still to think of our fellow Anglicans in the best light possible. For example, there have been many important movements of mission and renewal in our Anglican tradition (e.g. the Oxford Movement and the East African Revival), and we can likewise see GAFCON in this way. We can also appreciate the role Global South Anglicans have played in strengthening the mission of Christ in their provinces. We commend the Primates’ view that only Churches aligned with Communion teaching should represent it in ‘doctrine and polity.’ But we are also willing to listen to our colleagues who hold in conscience dissenting views. More generally, we all need in our hearts to lay aside old recriminations, as each of us hears these Gospel injunctions: ‘bear one another’s burdens,’ ‘speak the truth in love,’ ‘do not let the sun go down on your wrath’ (Galatians 6:2, Ephesians 4:15,26).

May Lambeth be an occasion of hope for ourselves and for the world

We hope for a Lambeth that is ordered to prayer and the Bible, that nourishes our humility, that opens us to God’s conversion in the Spirit, and that encourages us to renewed forms of teaching and witness which will inspire and attract younger generations in our nations and our churches. It is also crucial that we reject all forms of cultural and racial pride, while listening and deliberating with one another with full respect. I Peter, upon which Lambeth 2020 will meditate, says it best: ‘have unity of spirit, sympathy, love for one another, a tender heart, and a humble mind … always be ready to make your defense … for the hope that is in you’ (3:8,15).

United in faith, hope, and love, we can at Lambeth confront together the urgent problems in our Communion and in our world. We all share a worry about what may lie ahead in our common future, for as a divided Church we will struggle to witness to a divided, broken world. We hold in prayer those among us who face persecution and danger. We need to be stewards of creation. We hope for a conference which encourages us all to stand on the side of the poor and those who are maltreated, to call sinners to repentance and to offer forgiveness in the Lord’s name, to walk His way of love, and to seek reconciliation among ourselves and with our neighbors.

As it did a century ago, we hope Lambeth 2020 will remind us of the ecumenical calling from our Lord to be one as He and the Father are one (John 17:22). We do so by taking seriously the witness, gifts, and counsel of our brother and sister Christians in other churches. Within the Communion itself, some have felt frustration with the ‘Instruments’ over the past two decades, as they have struggled to balance autonomy and mutual accountability. We hope for a Conference that lays out a path ahead in the next decade, and we pray for the patience to walk it. We hope for a Conference in which we deepen our sense of ‘mutual responsibility and interdependence in the Body of Christ’ Anglican Congress 1963), both in the program and in personal friendships.

Throughout, may we be reminded that our truly global Communion is not primarily a problem but rather a remarkable, though fragile, gift — a sign of the Church catholic.

Veni Sancte Spiritus.

Peace,

The Rt. Rev. George R. Sumner
Bishop of Dallas

The Rt. Rev. Michael G. Smith
Assistant Bishop of Dallas
http://edod.org

The Rt. Rev. Lloyd Emmanuel Allen, Honduras (Spanish)
https://www.episcopalchurchhonduras.org

The Rt. Rev. Dr. Mouneer Hanna Anis, Egypt with North Africa and the Horn of Africa (Arabic)
http://dioceseofegypt.org

The Rt. Rev. Manuel Ernesto, Nampula, Mozambique (Portuguese)
https://www.almalink.org/dioceses/dionam.htm

The Most Reverend Martin Nyaboho, Primate of Burundi (French)
http://www.anglicanburundi.org

The Rt. Rev. Joel Waweru, Nairobi (Kiswahili)
http://acknairobidiocese.org

The Rt. Rev. Emma Ineson, Bishop of Penrith, Church of England

The Rt. Rev. Lydia Mamakwa, Mishamikoweesh, Anglican Church of Canada

The Most Rev. Daniel Sarfo, Primate of the Church of the Province of West Africa

Prezados irmãos e irmãs,

Saudações no nosso Senhor Jesus Cristo crucificado e ressuscitado

Cremos que este é o ‘tempo aceitável’ para articularmos a visão do que esperamos da Conferência de Lambeth de 2020. Enquanto todos estão livres de dar os seus pontos de vista, fortes desentendimentos não devem ser a nota dominante que o mundo deve ouvir de nós. Esta carta em muitas línguas levanta aquelas coisas que largamente nos são comuns, portanto procuramos edificar e encorajar. Não reclamamos qualquer autoridade, e portanto falamos aos nossos companheiros Bispos como irmãos e irmãs.

Nós esperamos de uma Conferência de Lambeth Baseada na fé comum

Embora os nossos livros Provinciais de Oração Comum tenham muitas variantes, todos continuam a testemunhar o centro do credo da nossa fé: O Deus triuno, a divindade de Cristo, a Sua morte redentora para o perdão dos nossos pecados, a ressurreição em Corpo e acessão, e a obra do Espírito Santo nas Escrituras e na vida da Igreja. Existe acordo, acima de tudo, na maioria da nossa Comunhão acerca dos ensinos recebidos sobre a natureza do matrimónio, como expresso em Lambeth 1.10, de acordo com o testemunho Bíblico. Finalmente, nós Anglicanos partilhamos uma história comum, por exemplo a própria Sé da Cantuária, que é o símbolo das nossas raízes Apostólicas e vida comum. Esperamos de uma Conferência de Lambeth onde tomamos seriamente esta nossa herança comum da verdade e procuramos edificar sobre ela para o bem do nosso testemunho e ensino.

Nós esperamos de uma Conferência de Lambeth marcada pela caridade

Em lambeth, embora sejamos uma família dividida, nós precisamos continuar a pensar dos outros companheiros Anglicanos à luz do melhor possível. Por exemplo houve muitos movimentos importantes de missão e renovação na nossa tradição Anglicana(e.g. o Movimento de Oxford, o Reavivamento da África Oriental), e igualmente devemos ver GAFCON desta maneira.

Igualmente devemos apreciar o papel desempenhado pela maioria dos Anglicanos do Sul no fortalecimento da missão de Cristo nas suas províncias. Recomendamos o ponto de vista dos primazes de que aquilo que esta alinhado com os ensinos da Comunhão deve falar oficialmente para a comunhão em matéria de fé e moral. Mas também estamos com vontade de escutar os nossos colegas que guardam em consciência pontos de vistas contrários. Mais geralmente, todos nós precisamos resguardar nos nossos corações as antigas recriminações, assim que todos ouvimos os apelos do Evangelho: ‘Suportem os fardos de uns aos outros’; ‘falem a verdade em amor’; ‘não se ponha o sol sobre a vossa ira’. (Gálatas 6:2, Efésios 4:15,26).

Que Lambeth seja uma ocasião de esperança para nós e para o mundo

Nós esperamos de uma Lambeth que seja guiada para Oração e a Bíblia, que alimenta a nossa humildade, nos abre para a conversão de Deus no Espírito, que nos encoraja para as formas renovadas de ensinos e testemunhos que vão inspirar e atrair novas gerações nos nossos países e Igrejas. É crucial que também rejeitemos todas as formas de orgulho cultural e racial, enquanto escutamos e deliberamos com uns aos outros com profundo respeito.

Unidos na fé, esperança, e amor, podemos juntos em Lambeth confrontar os problemas urgentes na nossa Comunhão, e no nosso Mundo. Todos partilhamos a preocupação do que esta diante do nosso futuro comum, mas como uma Igreja dividida vamos lutar para testemunhar para um mundo dividido e quebrantado.

Mantemos em oração aqueles que entre nós enfrentam a perseguição e perigo. Precisamos ser protectores da criação. Esperamos de uma conferência que encoraja todos nós para estarmos ao lado dos pobres e aqueles que são maltados, para chamarmos os pecadores ao arrependimento e para conceder perdão em nome do Senhor, para andarmos no caminho do amor mostrado pelo nosso Senhor, e procurar a reconciliação entre nós e com os nossos vizinhos.

Nós esperamos que a conferência vai nos lembrar da chamada ecuménica do nosso Senhor pra sermos ‘um como Ele e o pai são um’ - (João 17:21), e de que assim iremos tomar seriamente o testemunho, os dons, e conselho dos nossos irmãos e irmãs Cristãos em outras Igrejas. Dentro da própria Comunhão, alguns continuam a sentir frustração com os ‘instrumentos’ depois de duas décadas passadas, porque têm lutado para encontrar equilíbrio entre autonomia e a responsabilidade mútua. Precisamos vir, admitindo a nossa falha em alcançar a interdependência, e na esperança de uma conferência que trace o caminho a seguir na próxima década, e oramos para que tenhamos paciência para conseguir isso. Esperamos por uma conferência em que aprofundemos o nosso senso de ‘responsabilidade mútua e interdependência no Corpo de Cristo’, ambos no programa e nas amizades pessoais.

Em tudo, podemos nos lembrar de que a nossa verdadeira Comunhão global não é primeiramente um problema, mas ao contrário um dom memorável, embora frágil, um sinal de uma Igreja católica.

Vem, Espírito

Paz,